terça-feira, 6 de abril de 2010

VINCENT VAN GOGH: A PLASTICIDADE E OS SENTIMENTOS DE UM GÊNIO INCOMPREENDIDO




Autora: professora SÍRLIA SOUSA DE LIMA


Mesmo nos dias atuais
Não é fácil viver de arte
Só quem tem boas condições
Levanta seu estandarte
E quem pode apoiar
Só pensa em lucros, não reparte

Vou contar para vocês
Tudo que aconteceu
Com o Vincent Van Gogh
Foi assim que se deu
A Holanda foi o país
Em que Van Gogh nasceu

O ano de 1853
É o ano de seu nascimento
Era pessoa bem simples
E sem muito provimento
Cresceu e foi trabalhar
Para ganhar o seu sustento


Foi vendedor de quadros
Em uma galeria
Era bem esforçado
De um tudo ele fazia
E chegou a trabalhar
Em uma livraria

E seguindo os passos de seu pai
Também se tornou um pastor
Nada o satisfazia
Aumentava a sua dor
Nenhumas das profissões
Nem mesmo ser pregador

Van Gogh então pensou
Teve logo uma pista
Queria largar tudo
Pensava em ser artista
Expressando sentimentos
Pelo seu ponto de vista

Os seus primeiros quadros
Retratam sua visão
Das pessoas trabalhando
Lá nas minas de carvão
Revelando a pobreza
De vidas de contrição

Pelas pessoas comuns
Tinha carinho especial
Pintar pessoas simples
Para ele era trivial
Expressões e traços fortes
Quase que angelical

Van Gogh era simples
Com ele não tinha bravatas
Tanto que chegou a pintar
Os comedores de batatas
Denunciando a pobreza
Não são obras insensatas

Ao pintar os quadros tristes
Van Gogh queria alertar
Era muito desigual
O mundo que ia pintar
Foi preciso ele morrer
Para o mundo se tocar

Como podia falar de cores
Emoções e alegrias
Se seu mundo era tão triste
Usava cores sombrias
Seus quadros encalhados
Suas vendas bem tardias

Numa bela tarde
Van Gogh conheceu
A arte japonesa
Logo lhe convenceu
Com a variação de cores
Tudo logo floresceu

Os quadros de Van Gogh
Passaram a ter outra textura
Usando as cores vivas
Foi mudando a figura
Foi pintando paisagens
Dando outra tessitura

Gostava de enviar cartas
Era amigo do carteiro
Escrevia ao Theo seu irmão
Pedindo-lhe dinheiro
Theo gostava de ajudar
Enviava o ano inteiro

As trocas de cartas
Fez surgir nova amizade
Com Roulin o seu carteiro
Ele tinha afinidade
Pintou ele e sua mulher
Com carinho e lealdade

Vincent queria um lugar
Em que as coisas pudessem acontecer
Queria viver da arte
Tinha que aparecer
Por isso foi à Paris
Muita gente conhecer

Aos pintores da época
Theo lhe apresentou
Émille Bernard,Camille Pisaro
Com Vincent conversou
Por eles não terem fama
Vincent desanimou

Vincent era inquieto
E já queria se mudar
Foi embora para Arles
Dos campos sentir o ar
Convidar outros artistas
Que queiram se integrar

Vincent queria
Fazer uma proposta
Conviver com os artistas
Teve não como resposta
Somente Paul Gauguin
Aceitou essa aposta

A convivência dos dois
Gerou muita discussão
O Galguin arrependido
Fazia reclamação
Resmungava o tempo todo
Causando irritação


Até que Vincent para agradar
Fez uma arrumação
Arrumou bem o seu quarto
Causando boa impressão
Pra agradar seu parceiro
Pra viver em comunhão

Galguin foi embora
Depois de uma discussão
Os sentimentos de Van Gogh
Traziam perturbação
Chegando a cortar a própria orelha
Quão grande era sua aflição

Depois que Galguin foi embora
Van Gogh se enclausurou
Sua pintura tão bela
Muito mais triste ficou
Mostrando toda agonia
Nos quadros que ele pintou

As pinturas de Van Gogh
São fortes tem expressão
Desde o brilho das estrelas
Pelo sol com seu clarão
Arvores que parecem chamas
Movimento é a intenção

Van Gogh aplicava as tintas
De um modo bem grosseiro
Sem misturar as cores
Do seu mundo passageiro
Ficava sem comer
Por não ter nenhum dinheiro


Um de seus últimos quadros
Eram corvos num trigal
Um a pintura sinistra
Demonstrando seu astral
Que estava deprimido
Este era um sinal

No ano de 1890
Van Gogh se antecipou
Tirando sua própria vida
Mas sua obra ficou
Só depois de morrer
A humanidade o interpretou

2 comentários:

  1. Valeu Professora Elizeth! Obrigada por prestigiar o trabalho dos educadores!Um abraço!

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  2. Obrigado por contar de forma tao prazeirosa e popular a vida de um dos artistas que eu mais admiro e de uma história angustiante. Muito bom mesmo! Posso copiar e utilizar em sala de aula? Abração!

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